Formação de voluntárias/os da CooLabora termina com balanço muito positivo

Eventos
14 Maio 2020

Uma formação sobre Género e Cidadania que começou na Biblioteca Central da Universidade de Beira Interior e que terminou numa plataforma online foi uma experiência considerada muito importante pelas/as 17 participantes, todos/as eles/as, alunos/as de vários cursos da UBI e inscritos num programa de voluntariado universitário da CooLabora.

A ideia foi dar a estes/as jovens voluntários/as ferramentas para que se sintam mais preparados/as para interagir com estudantes dos ensinos básico e secundário a quem desafiam a identificar nas suas escolas desigualdades de género, e mais especificamente as que se relacionam com as escolhas profissionais.

Avaliada com nota máxima por 100% dos/as participantes, esta acção foi considerada ainda por 94% como essencial para se sentirem mais confiantes no desempenho das suas funções no voluntariado e como futuros/as profissionais.

“Enquanto futura psicóloga terei de lidar muitas vezes com indivíduos vítimas de desigualdades de género e de estereótipos por parte da sociedade, e penso que esta formação contribuiu para enriquecer o meu conhecimento sobre o assunto e para poder lidar de forma significativa com essas situações. Enquanto voluntária tenho a certeza que estarei mais apta e preparada para intervir em situações onde seja notória as desigualdades de género, cenário que lidamos com alguma frequência”.

Aline Barreto (Psicologia)

Foi também essencial para que tomassem consciência do seu papel na mudança de mentalidades dos seus pares.

“Nós como voluntários agregamos novos valores e aprendemos mais sobre esta temática (…). E do outro lado, os jovens, necessitam que a igualdade de género e a cidadania sejam discutidas, pois o que se verifica maioritariamente é que eles até conhecem o tema, mas nem sempre acreditam nele, dadas as suas experiências e exemplos (…).”

Tetyana Ostapchuk (Mestrado em Comunicação Estratégica)

Esta formação e a experiência de voluntariado mudou também as pessoas que nela participam enquanto voluntárias e que mais tarde serão profissionais.

“Ao fazer voluntariado numa das escolas, presenciei os fluxos e a vida dos espaços de lazer durante os intervalos e tive a visão típica dos campos de jogos serem vivenciados na sua maioria por rapazes. Sou aluno do curso de arquitetura e sei que nós, arquitetos/as e estudantes, enquanto criadores/as, pensadores/as e críticos dos espaços, também devemos questionar este facto.”

Joel Filipe (Arquitectura)

“Gostei imenso de fazer parte desta experiência, pois pude enriquecer os meus conhecimentos e ir diretamente para o terreno junto dos mais novos, coisa que durante o meu percurso académico não tinha acontecido.”

Diana Barata (Mestrado em Empreendedorismo e Inovação Social)

Infelizmente, devido ao encerramento das escolas, esta experiência teve que ser interrompida, mas é já certo que todos/as a querem repeti-la logo que as escolas voltem a abrir as suas portas.