Festival Umundu: “Horizontes e caminhos para a transformação social” (webinário)
Co-organização CooLabora e Rede Portuguesa para o Decrescimento
É já no dia 16 de Outubro que a CooLabora e a Rede Portuguesa para o Decrescimento co-organizam o webinário “Horizontes e caminhos para a transformação social”, integrado no festival Umundu, entre as 17h e as 19h, no Zoom. Contará com a participação de iniciativas inspiradoras, como o Banco do Tempo, a Cooperativa Mula e a Extinction Rebellion, entre outras.
O encontro pretende ser uma plataforma de reflexão sobre as suas visões e práticas, mas também sobre a pertinência e as possibilidades de concretizar convergências e alianças rumo a uma transformação social mobilizadora, efectiva e duradoura que nos possa conduzir a sociedades justas, sustentáveis, prósperas, conviviais e democráticas.
Perante o agravamento das crises social e ambiental globais, que se intensificaram a partir da crise financeira de 2007-2008, têm surgido várias iniciativas, diversas na sua natureza (projectos, cooperativas, associações, movimentos, etc.) e âmbito (político, ambiental, resiliência local, soberania alimentar, direito à habitação, etc.).
Cada iniciativa tem a sua própria orientação, motivações e estratégias, que lhe confere identidade própria, mas partilha com as outras pelo menos alguns dos seguintes pontos: 1) defendem a satisfação de necessidades concretas e uma vida boa para tod@s (em contraste com a visão economicista, materialista e mercantilista dominante); 2) encaram as pessoas como seres complexos e relacionais (em contraste com o individualismo racional, competitivo e utilitarista); 3) defendem a sustentabilidade ambiental regenerativa, a biodiversidade e a etnodiversidade; 4) promovem a solidariedade, a equidade e a justiça social (em contraste com o corporativismo, o nacionalismo, o patriarcado e a xenofobia); 5) rejeitam, o capitalismo, a ‘economia verde’ e a tecnocracia; 6) defendem a democracia participativa, a horizontalidade e o comunitarismo; 7) promovem mudanças de sistema ou de paradigma em vez de reformas políticas parcelares; 8) apostam em práticas e experimentação local e no presente, com objectivos concretos.
Este conjunto abrangente de características é apanágio das visões sistémicas de movimentos como o decrescimento, o ecofeminismo, a transição ou o ‘buen vivir’, com os quais aquelas iniciativas apresentam claras afinidades, embora nem sempre reconhecidas.
Estas semelhanças podem ser os pilares de uma rede ou aliança emergente que junte iniciativas e movimentos, práticas e visões, acção e reflexão, constituindo um verdadeiro “mosaico” plural de alternativas que promova uma efectiva transformação emancipatória da sociedade.
Os co-organizadores deste webinário convidaram membros de diversas iniciativas nacionais para uma conversa sobre as suas visões e práticas, mas também sobre a pertinência e as possibilidades de concretizar convergências e alianças rumo a uma transformação social mobilizadora, efectiva e duradoura que nos possa conduzir a sociedades justas, sustentáveis, prósperas, conviviais e democráticas.