Oficinas de escrita autobiográfica Rasgar Silêncios
Continuamos a realizar semanalmente oficinas de escrita autobiográfica com sobreviventes de violência doméstica. Estas oficinas são um espaço para superar memórias traumáticas e para (re)encontrar a autoconfiança.
O projecto envolve a CooLabora e tem como entidades parceiras a Quarta Parede, o Município da Covilhã e a UBI. É financiado pelo programa Cidadãos Activ@s, dos EEAGrants, geridos em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian em consórcio com a Fundação Bissaya Barreto.
No primeiro semestre de 2021, marcado por um novo período de confinamento residencial, registaram-se 64 novos processos (53 mulheres e 11 homens) de vítimas, continuando em acompanhamento regular 113 vítimas (106 mulheres e 7 homens) de anos anteriores. Dada a gravidade e urgência da maioria das situações, nunca interrompemos a possibilidade de atendimento presencial, tendo-se realizado 243 atendimentos deste tipo a que se somam 1040 atendimentos não presenciais (através da linha telefónica, por zoom ou messenger).
Com o apoio de diversas entidades da parceria, foram efectuadas 59 diligências externas (atendimentos nas forças de segurança; avaliações domiciliárias; acompanhamento em diligências judiciais; atendimentos nos serviços de saúde, entre outras) e dois encaminhamentos para casa de abrigo e acolhimento de emergência.
E porque a violência doméstica é um problema de saúde pública que carece de intervenções articuladas e eficazes, o Gabinete de Apoio a Vítimas de Violência Doméstica continuará a prestar serviços de apoio emocional, de informação jurídica e de encaminhamento social de forma gratuita e confidencial.