Dia Internacional dos Direitos Humanos assinalado na Covilhã com iniciativa jovem
Numa actividade preparada durante várias semanas, estes jovens recolheram os testemunhos de 20 pessoas que foram discriminadas por serem pobres, ciganas, mulheres, jovens, idosas, estrangeiras, trabalhadoras, etc. Espalharam mais de mil cartas pela cidade da Covilhã, naquilo a que chamámos Assalto às Consciências. Caixas de correio, estendais de roupa, viaturas e todos os lugares que consideraram adequados, foram usados para deixar mensagens com depoimentos como: “Meses mandando CVs e nunca era chamado para entrevistas de emprego, até que resolvi retirar a minha foto e nacionalidade (moçambicano). Agora a situação melhorou. Já sou chamado para entrevistas, mas quando vou e se apercebem que sou negro, a entrevista dura pouco.” Ou ainda: “Mesmo vivendo em família, quantas vezes sou ignorada pelos filhos, pelos netos… Uma tristeza que passa quando alguém me olha ou fala comigo. É só isso que peço, falem comigo e lembrem-se que ser idoso não é sinónimo de desinteresse pela vida ou ser desinteressante. Obrigada por me ter ouvido.”
Esta actividade faz parte do projecto Coolaboratório, financiado pelo Programa Cidadãos Ativ@s, gerido em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Bissaya Barreto.